segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Os Lusíadas para gente nova, Vasco Graça Moura, orientador de leitura




Os Lusíadas para gente nova, Vasco Graça Moura

Sophia sabia, todos na família já lhe tinham dito, que teria de ler “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões. A avó tinha dito que era o livro dos portugueses, o pai que era uma chatice e a mãe que tinha uma linguagem diferente! Estava num dia de Julho com a avó na livraria, que lá tinha ido buscar um livro encomendado, quando em cima da bancada viu “Os Lusíadas para gente nova”.
- Avó, quantos Lusíadas existem, há um para velhotes e outro para mais novos?
- Não Sophia, que disparate!
- Mas está um aqui que diz que é para gente nova …!
- Ora deixa lá ver essa novidade … ah … já percebi, é uma espécie de adaptação que fez um grande escritor e poeta português, morreu no ano passado, não gostava do acordo ortográfico e muito bem!
- Sim, sim … Disse a senhora da livraria. Olhe que se tem vendido bem, é indicado pelo PNL!
- O que é o PNL? Perguntou Sophia.
- Vês este símbolo? Quer dizer Plano Nacional de Leitura, os pais e os professores podem escolher e indicar livros para os jovens lerem a partir desta lista.
- Está na altura de leres Os Lusíadas, vou levar, disse a avó.

E foi assim que Sophia sem quase dar por isso começou a pensar na vida de Fernão Veloso e dos seus amigos e companheiros marinheiros e em Luís Vaz de Camões a escrever todas as aventuras que viveram até chegarem a Calecute, no berbere que encontraram aí e que lhes serviu de intérprete, chamava-se Monçaide e sabia onde ficava Portugal ... de qualquer forma Sophia tem várias questões para as quais não encontra facilmente resposta.

Para ajudar Sophia na leitura lembramos que tal como Camões, Vasco Graça Moura, mantém a divisão do poema em dez Cantos, cada um dos quais com estrofes de oito versos decassílabos, a última sílaba acentuada é a décima, a rima é cruzada nos primeiros seis versos e nos dois versos finais emparelhada. A numeração que apresentamos corresponde às estrofes do texto de Vasco Graça Moura.

As dúvidas e questões de Sophia são as seguintes:

- Porque diz o poeta, canto primeiro, estrofe 9 e 10, que dará ao Rei, D. Sebastião, não fantasia mas Egas Moniz, Fuas Roupinho, os Doze de Inglaterra e o Gama que no mar venceu Neptuno?

- Como se justifica, canto segundo estrofe 4, a ida a terra de dois condenados como emissários de Vasco da Gama?

- Que preocupação demonstra Vasco da Gama, canto segundo estrofe 26, na mensagem que envia ao rei de Melinde?

- Podemos afirmar que o canto terceiro representa, em bilhete de identidade colectivo, os portugueses no século XVI? Hoje que alterações farias a esta descrição?

- Qual o significado da afirmação de Vasco da Gama, canto quinto, estrofe 15, “Onde estávamos já ninguém podia, sem a ajuda de novos instrumentos, dizer com segurança, e não dizia.”


- O que sentimos diante de coisas que não conhecemos nem compreendemos?

- Caracteriza o “ousado aventureiro” referido no canto quinto, estrofes 18 e 19, como se chamava e que características possuía?

- Quem categorizam os adjectivos “pequenos” e “grandes” no último verso da estrofe 41, canto quinto?

- Tendo deixado o porto de Melinde os marinheiros sentiam-se mais tranquilos, porquê?

- Existe alguma relação entre essa sensação de segurança e o reaparecimento da personagem Fernão Veloso, canto sexto, estrofe 15, na narração?

- O que significa ter medo?
- O medo pode ter um rosto?

- Que rosto tem o medo dos marinheiros ao longo da viagem até à Índia no século XVI?

- Identifica e caracteriza a personagem que em Calecute, cantos sétimo e nono, serve de intérprete entre os portugueses e as autoridades da cidade.

- A Índia era, para os europeus, parte do Mundo Novo no século XVI?

- Porque está o poeta tão desalentado no final do canto décimo?


Não esqueças presenta as razões das tuas respostas e envia-as para aqui ou aqui


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