terça-feira, 30 de junho de 2015

Leitura e Educação



Chegámos ao fim do primeiro mês em que colocámos o objectivo de propor leituras de Verão para crianças e jovens entre os 7 e os 14 anos. A leitura em períodos de descanso escolar é um assunto sempre debatido e nunca resolvido. Considerámos que poderíamos fazer parte desse diálogo e propor autores e textos. Seleccionámos autores de língua portuguesa, por razões várias incluídos no PNL,  não os seleccionámos por estarem nessa lista, um dos propostos não está de todo, mas procurámos garantir a relação entre a leitura espontânea do tempo de ócio com trabalho escolar, não como um meio mas como fim. Esperamos contribuir para a nunca finda tarefa da atitude crítica e do olhar encantado sobre o real. Esperamos contribuir para o hábito genuíno de procurar um livro, esfolhear e "espreitar", não só o livro mas o universo que existe entre todas as páginas e em cada intervalo de linha.
Cada um dos orientadores de leitura que publicámos, fizémo-lo para iniciar e perturbar, não para apontar caminhos, da mesma forma que pedimos para nos fazerem chegar as suas leituras, desenhos ou sugestões, os orientadores são somente o início, o que os motiva são as questões, são os paradoxos que o texto pode provocar, não as respostas que alguns encontrarão, por isso, neste Verão a Dianoia - Integra Saberes continuará a questionar e a propor alguns autores como forma de inquietação.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Fhilos e a leitura de Amarguinha de tiago rebelo


Amarguinha, de Tiago Rebelo - Orientador de leitura


- Sophia!!!!!!!!!!!!!!
Gritou Fhilos, enquanto corria com um livro na mão.
- Mas como gritas! O que é que queres? Respondeu Sophia, do lado de lá do jardim.
- A minha avó deu-me um livro com três amigos, quer dizer eram três, depois são quatro …
- Três ou quatro, estás cada vez mais “taralhouco” ….! Disse Sophia.
- Não me deixas terminar … São três: Amarguinha, Martinho e o gato “Caçador”, como nós! - Só não percebi ainda porque se chama o gato assim!
- Está bem, mas tu disseste que eram quatro, eu bem digo, já não sabes contar! - Lol e mais lol!
- E tu tens a mania! - São quatro, depois aparece outra miúda, melhor que tu ..., ela ouve a amiga!
- Ok, então diz lá! Sophia pousou o telemóvel na relva.
- Podes ler para mim? - Já estou cansado, é grande o livro! - Também já estou confuso … O que é falir?
- Espera! Disse Sophia. - Como se chama o livro?
- Amarguinha! - O senhor que escreveu chama-se Tiago Rebelo! Respondeu Fhilos. - Agora podes ajudar-me?
- O que queres saber? Perguntou Sophia
- Estas perguntas! Disse Fhilos.
- Então temos de ler os dois, de acordo? 
E os dois começaram a ler ... Lá bem no fundo do jardim ...


- Será que Amarguinha é nome próprio?
- Que nome darias a Amarguinha?
- Já brincaste com gravilha e com terra num jardim? Conta-nos como foi.
- O que é um jardim de inverno?
- O que conversam os amigos?
- O que é para ti um amigo?
- Quanto tempo estiveram Amarguinha e Martinho sem se verem?
- Explica-nos por que “Caçador” é um bom nome para gato?
- O que fazem as crianças quando no mundo dos adultos as coisas não correm muito bem?
- É importante procurar os amigos de quem não sabemos a morada?
- Porque estão as pessoas sempre com pressa?
- Os bancos emprestam ou vendem dinheiro?
- O que quer dizer poupar dinheiro?
- É importante ser observador e gostar de fazer perguntas?
- O que significa ficar de castigo?
- O que são histórias que acabam bem?

A Sophia e Fhilos ainda não nos enviaram as suas respostas, podes ser tu a enviar em 1º lugar!
Já sabes, podes enviar as respostas, desenhos ou sugestões para aqui ou ainda aqui


Boas leituras!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ilíada de Homero, adaptada por João de Barros, orientador de leitura




“Se pensam que não consigo … !”

Sophia ia pensando consigo mesma - Como manter aquele objectivo?
- Ler um livro por semana durante o verão!
Todos (precisamos explicar quem constituí este sujeito?) lhe disseram várias vezes:
- Tens de ler! É fundamental que desenvolvas capacidades de leitura e análise de texto!
Pobre da miúda, aqui na Dianoia-Integra Saberes ficamos um pouco preocupados … irá ela conseguir? Nada de confusões, Sophia adora ler, mas sempre que o faz navega, perde-se, inventa … enfim imagina mais do que o que lhe dizem as páginas do livro, aparecem questões, quase que tem visões … resultado o livro está ali e a Sophia nem sabe já dele … quando dá por ele está amarrotado, virado, cabisbaixo e sem marcador para voltar à página certa …
- Ócio o que fizeste ao livro? Grande peste! Estiveste a roe-lo e fechaste-o, agora como sei onde ia?
Pronto, solução encontrada para um livro fechado!
O livro quase fechado desta semana tem por título “Ilíada”, foi escrito por Homero há alguns séculos … e João de Barros reescreveu-o, as questões que hoje vos propomos são sobre os acontecimentos que levaram à escrita do livro e também dos pensamentos da Sophia enquanto o lia.

Dúvidas e perguntas da Sophia:

- Porque se chama “Ilíada” ao poema de Homero?
- De acordo com a historiografia e a arqueologia actuais podemos datar e contextualizar este conflito?
- Quem são as duas mulheres que dão origem a dois episódios da guerra de Tróia e em que circunstâncias foram raptadas?
- Quais são os episódios/acontecimentos referidos na questão anterior?
- Como descreves a atitude de Agamémnon ao apoderar-se de Briseida?
- Terá Agamémnon agido ilegitimamente e abusado do poder ao entrar na tenda de Aquiles? Fundamenta a tua resposta com princípios da lei e dos direitos humanos actuais.
- A reacção de Aquiles a este acontecimento resulta de um carácter ultrajado e impulsivo, ou da defesa do primado dos direitos humanos?
- Qual é o sentido do adjectivo “heróico” quando atribuído a Aquiles?
- Qual é o reino de Aquiles? Como se chamam os seus guerreiros?
- Quais os diferentes reinos/comunidades que constituíam os exércitos gregos?
- A existência de diferentes grupos num exército ou organização supõe cedências ou consensos políticos?
- Quais as qualidades fundamentais que Homero refere relativamente a Páris e a Heitor, filhos de Príamo?
- Qual o acontecimento que leva Aquiles, finalmente, a combater?
- Comenta a atitude de Aquiles perante o pai de Heitor, Príamo, quando este o visita e lhe pede o corpo do filho morto.
- Qual a cruel lei da guerra referida por Homero, que mensagem nos transmite?


Já sabes, contamos com as tuas respostas e hipóteses de interpretação do texto, não esqueças: - Durante as férias de verão um livro por semana!

Envia-nos o que a tua criatividade deixar para aqui
ou então responde aqui

BOAS LEITURAS!

Chegou o dia da Ilíada de Homero


segunda-feira, 15 de junho de 2015

“Como se faz cor-de-laranja”, António Torrado - Orientador de leitura


Fhilos leu atentamente o livro de António Torrado, mas gostava de conversar contigo e tirar algumas dúvidas, podes ajudá-lo? 

Estas são as perguntas em que ele tem algumas dúvidas:

1ª O que quis o Menino um dia pintar?

2ª O que ficaria bem a ondular?

3ª O que gostava o avô de pintar quando tinha a idade do Menino?

4ª Porque te parece que as pessoas partem a toda a velocidade?

5ª Onde fica Beirute?

6ª O que é um sábio?

7ª O que são segredos profissionais?

8ª O que significa rebuscar?

9ª Que coisas cor-de-laranja existem no fundo do mar?

10ª O que se junta ao amarelo do sol para fazer cor-de-laranja?

11ª O que surgiu no papel quando o Menino misturou as cores?

12ª Parece-te que todas as pessoas podem ver?

Quando terminares as tuas respostas podes enviá-las para aqui

Ou podes fazer um desenho e colocar aqui colocar aqui


segunda-feira, 8 de junho de 2015

“OS PIRATAS”, de Manuel António Pina, orientador de leitura


Olá amigos, o segundo livro que a Dianoia - Integra Saberes propõe para leitura da Sophia, do Fhilos e do Ócio, chama-se “os Piratas”, foi escrito por Manuel António Pina, está indicado para alunos do 6º ano, mas todos podemos lê-lo, é um belíssimo conto!

Vamos contar-vos as “desavenças” da Sophia com o livro e com os adultos a quem pediu ajuda e explicações.
Tudo começou quando a Sophia perguntou à avó o que era uma “ronca”, o Ócio bem lhe fez sinais, mas ela não os considerou, e perguntou:

- Avó, já acordaste? O que é uma ronca?
Ainda se tivesse sido o Fhilos a perguntar … Bem, a senhora não gostou da pergunta e disse:
- Eu não ronco! Sophia, estás cada vez mais mal educada!

Porque a Sophia ficou sem resposta e as páginas dos “Piratas” estão cheias de palavras desconhecidas, aqui estão elas e aconselhamos a que procurem o seu significado:
- ronca, cerração, bramir, enxárcias, mezena, bitácula, bracear, mole dos rochedos, transido, e outras, que a Sophia se esqueceu de enviar quando nos pediu ajuda!

As perguntas e dúvidas da Sophia, a propósito da leitura de “Os Piratas”, são as seguintes:

1ª É possível duvidar da existência de ilhas?

2ª Existem sítios desconhecidos dentro de nós?

3ª Podemos ser outra pessoa?

4ª Podemos viver a vida de outra pessoa?

5ª O que sonhamos acontece onde?

6º O Manuel e o Robert eram a mesma pessoa?

7ª Quantos piratas o Manuel viu enquanto esteve no navio dos piratas?

8ª O Robert ficou prisioneiro dos piratas?

9ª Podemos ficar prisioneiros dos sonhos?

10ª Quando voltou o pai do Manuel?

Como entretanto Sophia já leu o livro e o Fhilos também, resolveram, os dois, contar a história toda à mãe do Manuel, ou à avó da Sophia.
Bem a Dianoia-Integra Saberes também gostava de saber como contarias tu a história à mãe do Manuel, podes ajudar-nos?
Envia-nos a história, ou desenhos, que contarias à mãe do Manuel para aqui

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A árvore, ficha orientadora de leitura


Crianças, hoje, 1 de junho, precisamos de ajuda para compreender e interpretar o conto:

A ÁRVORE

A árvore, conto de Sophia de Mello Breyner Andresen, surgiu, como a autora nos diz, do seu “primeiro encontro com o Oriente”, leva-nos para uma ilha do Japão, real ou imaginário, coisa que neste conto, em qualquer outro conto ou no “agora”, não interessa muito! Pelo conto ficamos a saber que as ilhas podem ser ou muito grandes ou muito pequenas, que as árvores podem crescer e tapar as ilhas, que as pessoas têm dificuldade em resolver problemas, que as soluções para os problemas nos podem fazer sofrer e …

Bem, precisamos da vossa colaboração, principalmente a Sophia!
Sim, ela tem o amigo Fhilos e o seu gato Ócio. Mas o Ócio é aquele tipo de gato que está sempre cheio de opiniões que deixam a Sophia desesperada, ela bem lhe diz para a deixar em paz porque gato é gato, mas o Ócio considera-se capaz de conjecturar, então olha com muita atenção para a Sophia e esta começa a duvidar da sua condição de mero gato e olha-o como GATO, quer dizer como dúvida ambulante, que é o sobrenome que lhe dá!
Claro que a Sophia talvez seja responsável por estas espertezas do Ócio, porque fala ela com ele?

E é isto que tem acontecido nos últimos dias, … a Sophia a ter de preparar a apresentação final de um livro que tivesse lido, a professora de Português a dizer umas coisas e a miúda, que até sabe umas coisas, cheia de confusões naquela cabeça … será a madeira da árvore... será o poema?
Bem que o Fhilos podia ajudar, mas só o deixam lá em casa … afinal quando é que cresce e tem de fazer as mesmas tarefas que ela? Mas a quem tem só sete anos ainda não pedem uma interpretação do livro, uma interpretação …!

Pronto é este o problema, afinal que história é esta, a da “Árvore”?
O que diz? Não, não o que diz quando lemos, mas o que quer dizer?
Tanta conversa só porque uma árvore cresceu?
Fala de discussão de reuniões, mas será que precisamos mesmo de nos reunir para resolver problemas?
Porque é que temos de fazer as coisas combinando? Não podemos resolver ouvindo só uma pessoa?
E porque foi importante distribuir a madeira por todas as casas da ilha?
Mas o que deixa a Sophia perturbada é quando a mãe lhe fala da “alma” da árvore, o que querem os adultos dizer quando falam da alma das coisas?
Vozes que cantam dentro das guitarras, nas do Japão e nas de Lisboa?
A memória pode ser um poema?
Os poemas juntam as pessoas?

Por favor, os que já leram o poema podem dar uma ajuda à Sophia? Comentem ou enviem uma mensagem privada para aqui.

Os que ainda não leram … têm de ler, só depois podem ajudar.



Leituras com a Sophia, o Fhilos e o Ócio


Para os Pais:

A ÁRVORE
A árvore, conto de Sophia de Mello Breyner Andresen, surgiu, como a autora nos diz, do seu “primeiro encontro com o Oriente”, leva-nos para uma ilha do Japão, real ou imaginário, coisa que neste conto, em qualquer outro conto ou no “agora”, não interessa muito! Pelo conto ficamos a saber que as ilhas podem ser ou muito grandes ou muito pequenas, que as árvores podem crescer e tapar as ilhas, que as pessoas têm dificuldade em resolver problemas, que as soluções para os problemas nos podem fazer sofrer e …

Lista de livros (alguns incluídos no PNL, ensino básico) a propor para leitura nas próximas semanas:

segunda, 8 de junho - “Os Piratas” , Manuel António Pina

segunda 15 de junho - “Como se faz Cor-de-laranja”, António Torrado

segunda 22 de junho - “A Ilíada”, Homero, adaptado em prosa por João de Barros

segunda 29 de junho - “A Amarguinha”, Tiago Rebelo

segunda 6 de Julho - “A Odisseia”, Homero, adaptado em prosa por João de Barros

Para as Crianças:

Bem, precisamos da vossa colaboração, principalmente a Sophia.
Sim, ela tem o amigo Fhilos e o seu gato Ócio. Mas o Ócio é aquele tipo de gato que está sempre cheio de opiniões que deixam a Sophia desesperada, ela bem lhe diz para a deixar em paz porque gato é gato, mas o Ócio considera-se capaz de conjecturar, então olha com muita atenção para a Sophia e esta começa a duvidar da sua condição de mero gato e olha-o como GATO, quer dizer como dúvida ambulante, que é o sobrenome que lhe dá!
Claro que a Sophia talvez seja responsável por estas espertezas do Ócio, porque fala ela com ele?

E é isto que tem acontecido nos últimos dias, … a Sophia a ter de preparar a apresentação final de um livro que tivesse lido, a professora de Português a dizer umas coisas e a miúda, que até sabe umas coisas, cheia de confusões naquela cabeça … será a madeira da árvore... será o poema?
Bem que o Fhilos podia ajudar, só o deixam lá em casa … afinal quando é que cresce e tem de fazer as mesmas tarefas que ela? Mas a quem tem só sete anos ainda não pedem uma interpretação do livro, uma interpretação …!

Pronto é este o problema, afinal que história é esta, a da “Árvore”?
O que diz? Não, não o que diz quando lemos, mas o que quer dizer?
Tanta conversa só porque uma árvore cresceu?
Fala de discussão de reuniões, mas será que precisamos mesmo de nos reunir para resolver problemas?
Porque é que temos de fazer as coisas combinando? Não podemos resolver ouvindo só uma pessoa?
E porque foi importante distribuir a madeira por todas as casas da ilha?
Mas o que deixa a Sophia perturbada é quando a mãe lhe fala da “alma” da árvore, o que querem os adultos dizer quando falam da alma das coisas?
Vozes que cantam dentro das guitarras, nas do Japão e nas de Lisboa?
A memória pode ser um poema?
Os poemas juntam as pessoas?

Por favor, os que já leram o poema podem dar uma ajuda à Sophia? Comentem ou enviem uma mensagem privada para aqui.


Os que ainda não leram … têm de ler, só depois podem ajudar.