"Deve, todavia, ser prudente no crer e no alterar-se, não deve ter medo de si mesmo, deve proceder com temperança, prudência e humanidade, que a demasiada confiança o não faça incauto e que a excessiva desconfiança o não torne intolerável.
Nasce
de aqui uma questão: se é melhor ser amado do que temido, ou antes
temido do que amado. Responde-se que se quereria uma e outra coisa; mas porque é difícil ser ambas em conjunto, é muito mais seguro ser temido do que amado, quando se tenha de perder as duas."
Maquiavel, Nicolau, O Príncipe, capítulo XXVII
Da crueldade e da
piedade; se é melhor ser amado que temido, ou antes temido do que
amado, pag. 80, Guimarães Editores, Lisboa, 1999
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