Os Lusíadas para gente nova, Vasco
Graça Moura
Sophia sabia, todos na
família já lhe tinham dito, que teria de ler “Os Lusíadas” de
Luís Vaz de Camões. A avó tinha dito que era o livro dos
portugueses, o pai que era uma chatice e a mãe que tinha uma
linguagem diferente! Estava num dia de Julho com a avó na livraria,
que lá tinha ido buscar um livro encomendado, quando em cima da
bancada viu “Os Lusíadas para gente nova”.
- Avó, quantos
Lusíadas existem, há um para velhotes e outro para mais novos?
- Não Sophia, que
disparate!
- Mas está um aqui que
diz que é para gente nova …!
- Ora deixa lá ver
essa novidade … ah … já percebi, é uma espécie de adaptação
que fez um grande escritor e poeta português, morreu no ano passado, não gostava do acordo ortográfico e muito bem!
- Sim, sim … Disse a
senhora da livraria. Olhe que se tem vendido bem, é indicado pelo
PNL!
- O que é o PNL?
Perguntou Sophia.
- Vês este símbolo?
Quer dizer Plano Nacional de Leitura, os pais e os professores podem
escolher e indicar livros para os jovens lerem a partir desta lista.
- Está na altura de
leres Os Lusíadas, vou levar, disse a avó.
E foi assim que Sophia
sem quase dar por isso começou a pensar na vida de Fernão Veloso e
dos seus amigos e companheiros marinheiros e em Luís Vaz de Camões
a escrever todas as aventuras que viveram até chegarem a Calecute,
no berbere que encontraram aí e que lhes serviu de intérprete,
chamava-se Monçaide e sabia onde ficava Portugal ... de qualquer
forma Sophia tem várias questões para as quais não encontra
facilmente resposta.
Para ajudar Sophia na
leitura lembramos que tal como Camões, Vasco Graça Moura, mantém a
divisão do poema em dez Cantos, cada um dos quais com estrofes de
oito versos decassílabos, a última sílaba acentuada é a décima,
a rima é cruzada nos primeiros seis versos e nos dois versos finais
emparelhada. A numeração que apresentamos corresponde às estrofes
do texto de Vasco Graça Moura.
As dúvidas e questões
de Sophia são as seguintes:
- Porque diz o poeta,
canto primeiro, estrofe 9 e 10, que dará ao Rei, D. Sebastião, não
fantasia mas Egas Moniz, Fuas Roupinho, os Doze de Inglaterra e o
Gama que no mar venceu Neptuno?
- Como se justifica,
canto segundo estrofe 4, a ida a terra de dois condenados como
emissários de Vasco da Gama?
- Que preocupação
demonstra Vasco da Gama, canto segundo estrofe 26, na mensagem que
envia ao rei de Melinde?
- Podemos afirmar que o
canto terceiro representa, em bilhete de identidade colectivo, os
portugueses no século XVI? Hoje que alterações farias a esta
descrição?
- Qual o significado da
afirmação de Vasco da Gama, canto quinto, estrofe 15, “Onde
estávamos já ninguém podia, sem a ajuda de novos instrumentos,
dizer com segurança, e não dizia.”
- O que sentimos diante
de coisas que não conhecemos nem compreendemos?
- Caracteriza o “ousado
aventureiro” referido no canto quinto, estrofes 18 e 19, como se
chamava e que características possuía?
- Quem categorizam os
adjectivos “pequenos” e “grandes” no último verso da estrofe
41, canto quinto?
- Tendo deixado o porto
de Melinde os marinheiros sentiam-se mais tranquilos, porquê?
- Existe alguma relação
entre essa sensação de segurança e o reaparecimento da personagem
Fernão Veloso, canto sexto, estrofe 15, na narração?
- O que significa ter
medo?
- O medo pode ter um
rosto?
- Que rosto tem o medo
dos marinheiros ao longo da viagem até à Índia no século XVI?
- Identifica e
caracteriza a personagem que em Calecute, cantos sétimo e nono,
serve de intérprete entre os portugueses e as autoridades da cidade.
- A Índia era, para os
europeus, parte do Mundo Novo no século XVI?
- Porque está o poeta
tão desalentado no final do canto décimo?
Não esqueças presenta as razões das tuas respostas e envia-as para aqui ou aqui
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